Os punhos dóem
Mãos quase não fecham
A dor da falta
Do movimento
Do tormento
Sem força
Nem mesmo pra apertar os dedos
Ao encontro da palma
Cravando as unhas
Com desespero da falta
Quase sem força
Respiração pesada e sem ritmo
Quase sem mexer
Músculos trêmulos e contraídos
Preciso dormir
Preciso deitar e ficar lá até amanhecer
Até criar cãimbras nos nervos do pés
Até vir o sonho ruim e me despertar
Quase sem força
Nem levanto da cama
Sem força
Nem me mexo nela
Quase sem força
Nenhuma lágrima
Até o outro dia
Quando a chuva passar
Quando o sol raiar
Quando ouvir novamente aquele passarinho
O que tem um ninho em minha varanda
Pronto
Cá estou
Em pé
Sol na cara
Quase sem força
Em pé e pronta pra um novo verão
segunda-feira, 9 de junho de 2008
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